quarta-feira, 11 de julho de 2012

Ultima palavra de clemência irreal


Sinto que hã mais saída
As forças que guardavam um homem temeroso acabaram
Qual sentimento habita no mundo?
Isso que é amigo? Aquele que abandona?

Sei que fiz muita gente chorar
vejo os rostos castigados de lágrimas sempre
Me pedindo clemência e compreensão
Mas nada se expressa dos olhos do vil carrasco

Não devo falar nem ouvir, a permissão para voar é limitada
não devo me entristecer nem sorrir, pode ser o pecado tocando
O manto de sangue que cercou os anos pede volta
A névoa escassa que anula o choro

Trema de medo ao falar, pois só é o errado
Canse de gritar, ninguém te ouve mesmo
De um palhaço a um tolo
Essa é a nova cartada que apenas o sangue da morte cura

Sem sofrer, olhe para trás e ignore
O que passou passou, e finja que não importa
Com um tímido adeus veja os olhares de raiva
Compreensão é para fracos e isso que me torna eu

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