segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Uma luz que guia no vale da escuridão



Perdida no mundo
Uma criança a muito procurava por seu pai

Alguém a deixou lá sozinha
Com a solidão para violar sua mente
E viveu por longos anos em busca de algo
Que simplesmente respondesse o porquê

Em seus sonhos durante certas noites, via um rosto
Sentia alguém a segurando e limpando suas lágrimas
O jovem só acordava para perceber que ainda estava sozinho
E abaixando a cabeça voltava a se perder no vazio

Mas com força ainda agradece a Deus por algo
Pelos seus anos de inocência quebrados
Mesmo caindo, ainda carregou a luz em si

Por mais que nem todos os seus sonhos sejam bons
Ainda alguém enxuga suas lágrimas
Por dias acordando e percebendo que na verdade não está sozinho
Mesmo afogado no mar vazio que é o mundo


Pouco a pouco percebe o tempo que se passa
Apenas olhando pra frente sem nunca dizer adeus
Nunca escondendo a força que o mantêm
E ninguém sabe como


Enquanto sozinho, vê o tempo voando
Ele já não se sente tão perdido na escuridão
Pois sabe que em algum lugar haverá uma luz esperando


Em uma parte de seus sonhos ele tenta guardar esse rosto
De um alguém que o segurou e secou suas lágrimas
Mesmo quando acordado agora não percebe mais que se foi
Com um grande vazio no mundo que tenta o tragar
Já não sente mais que isso irá o derrubar


terça-feira, 30 de julho de 2013

Psicose


Aqui estando com vários segredos presos à pele
A muito tempo já não sinto minha inocência
Prefiro caminhar com meus pecados sem reparti-los com ninguém
Afinal talvez seja só eu o culpado do ar parecer quente dentro da gaiola
Minha pele é apenas uma camuflagem robusta do que eu vejo no espelho
O que parece ser apenas raiva, talvez seja agora nada mais que uma grande loucura

É melhor eu fugir antes que eu machuque alguém
Meu coração era escuro demais para ser totalmente limpo?
Eu não posso destruir o que eu vejo porque aquilo realmente não existe
Tento me livrar dessas visões mas elas me perseguem como vermes
Só eu posso odiar a mim mesmo sem culpa

Meu sorriso por vezes some ao ver minha mente falhando e em enganando
Talvez eu finalmente esteja ficando louco, mas posso nunca saber
Eu ainda pressiono minhas cabeça na parede tentando me livrar disso
É só uma breve cegueira que me tira de onde quero estar
Rasgando minha sanidade em milhões de pedaços
Não sei nem mais onde estou de fato
Só tento aprender a lidar com essa psicose
Quanto mais de controle seria o suficiente?


quarta-feira, 10 de julho de 2013

Tudo por um sorriso seu


São muitos obstáculos em nossas vidas
Eu queria poder ficar, mas sempre preciso ir
Mais do que isso, com um olhar eu queria que visse em meu rosto
Mesmo na chuva, olhando pela janela
Eu farei de tudo por um sorriso seu
Brincarei até ver um sorriso seu

Então fique calma
Pois sempre irei voltar
Com aquela mesma frase cortante de:
"Como vai?"

O amanhã vai chegar
No aperto de cada abraço
Com sua cabeça levemente encostada em meu ombro
Em mais um lugar em que vou te importunar
Desde o acordar
Até quando você decidir dormir

Eu farei muito para lhe fazer bem
Com muitas histórias só para ver seus sorrisos
Eu esterei sempre aqui
Basta chamar


quarta-feira, 15 de maio de 2013

Um mundo de ilusões
















Apenas nomes não significam nada
Toda essa fortuna tão pouco
Ando de cabeça baixa e vejo o futuro perdido na escuridão
O distante por do sol, agora longe, onde nem as nuvens ousam dançar
E todas as coisas sempre e sempre tiradas

Não sei mais como andar em paz
Quase nada nesse mundo de mesmice me satisfaz
Talvez só os poucos pensamentos ligados a você
Mas só basta olhar para o lado e ver os demônios aqui perto
Entre um mar de raiva e tristeza, parei para chorar no meio da chuva

O mundo é um lugar horrível
Ir para casa não melhora mais nada, só resta sentar-se e se proteger
Gritar e socar, acho que só isso que sei fazer afinal
O tempo foge quando se mistura uma visão com a realidade
Então lamentar já não é a solução
Simplesmente viva.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Carta Póstuma



Caro Amigo,

   Sei que a muito não nos falamos, e aparentemente não voltaremos a faze-lo por um bom tempo, mas ao saber de seu estado resolvi escrever esta carta para você.
   Sabe, é meio engraçado não nos vermos como antigamente, lembra como vivíamos perturbando a todos os que passavam na rua, na época em que jogar futebol e se divertir fazendo isso era só o que importava?
   Pois é, esses tempos passaram, eramos apenas crianças com sonhos além do que conseguimos alcançar, na verdade, eu a propósito não consegui quase nada do que eu pensava, mas ainda vou ter tempo pra conseguir.
   A, desculpa, acho que eu não deveria escrever isso, mas não acredito que você queira que eu demonstre estar melancólico, na verdade a minha vontade era lembrar, só isso.

  Cara, eu me arrependo de muita coisa, mas acima de tudo eu me arrependo de ter me afastado tanto. Nem lembro o porquê. Mas lembro daquela briga que tivemos ( amaldiçoado seja aquele dia, diga-se de passagem ). Cada um foi para o seu lado e nunca mais se falou.

  E quase 4 anos depois, me aparecem com a notícia da sua doença. Como eu reagi? Acho que fiquei arrasado.
  Sei la, não lembrava mais de nossa briga, só lembrava da amizade, do video game, das merdas que falamos. O maldito remorso de não poder mais zoar.

É, não sei se você vai chegar a ler essa carta, não sei se você vai achar algo interessante nela, não sei se você vai achar algo de relevante, não sei nem se você vai me perdoar por aquele evento, mas saiba que eu vou sentir sua falta seu viadinho de merda rs'.

  E que a morte seja o início de uma nova vida, esteja onde estiver, como estiver, espero que esteja bem.

 Descanse em paz brother.  
                                                                                                 
                                                           Ass: Bruno.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Luto por mim mesmo



Tão longe
Mas ainda um verdade quase íntima
Tantos malditos dias
Eu conto cada um deles esperando que acabem
O que significa a vida afinal?
Um mito que se torna realidade aos poucos
Enquanto em mim uma dor desde sempre floresce

Não adianta praguejar aos ventos
Por que a ele, palavras se perdem
Provei da chuva a mais amarga sensação de verdade do mundo
Tantos malditos tentando ditar minha vida
Preparados para apontar até no mais pífio erro
"Prove da culpa criança", eu estou esperando exatamente onde parei

Admiti meu luto por mim mesmo
A casa que criei no limbo é meu túmulo
Nunca é tão longe para voltar até lá
Preparado tão cedo para o fim da rotina tão bem escrita
Um desejo profundo brota aos poucos
Fodam-se todos esses putos porcos imundos que cercam com caras mascaradas

Gritar aos ventos não resolve
Eles são tão mudos quanto o vazio
Mude a si mesmo antes de tentar mudar
E assim eu admito meu luto!