segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Sobre Ela

              
Ela sempre esteve ali, mas só a pouco tempo prestei atenção. Só a pouco tempo notei sua beleza, mesmo sem conhece-la direito.
Não sei como, mas eu consegui me aproximar. Apenas um oi, apenas um olá. Ela me acolheu tão bem, praticamente me pegou pela mão e me levou pra dançar.
Me apresentou lugares inomináveis, que provavelmente eu jamais iria. Lugares belos que a solidão dos eventos sempre fizeram parecer cinzentos e sem graça.
Ela me fez lembrar da paixão pelo desconhecido, na verdade, sempre compartilhamos dessa paixão, mas nunca dissemos nada pra ninguém.
O silêncio de sua imagem refletida em um espelho passou a ser tão convidativo quanto o sorriso da mais linda das mulheres ou dos versos mais articulados de um trovador.
O que dizer dela? Tão simples, mas aparentemente tão complexa.
Encanto. Talvez essa seja a palavra que mais falei depois de dar ouvidos a ela, que quase me fez confundir o real da mera ilusão.
Pra falar a verdade, acho que nem sei o nome dela. Para mim, ela poderia ser chamada de tudo ou de nada. De calmaria ou tempestade. De maravilhosa ou de incontrolável. Ainda não sei.
Acho que por enquanto ela pode ser chamada apenas de Vida.

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