quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Um sonho distante - Infame infância


Na infância eu não fui como os outros bastardos eram - eu vagava no escuro
Como todos viam - Nem todas as minhas paixões foram conquistadas
Eu nunca consegui fazer despertar a mesma alegria mais de uma vez
Um mesmo tom sereno de perversidade em todas as minhas sombras
E tudo o que eu fazia eu queria fazer sozinho, livre dos maus
Então lembro que minha infância não amanhecerá mais
Os pequenos fardos livres de um passado de tormenta foram tirados por outros
Foi misturado em minha vida a ilusão do bem e do mal, o mistério que a amizade se atreveu a ligar
Da torrente maldita que se faz do penhasco da minha alma, que nem minha língua deve pronunciar mais
A busca pelo El Dourado eterna, faz-me ver aquele verão eterno de ouro
Em que os relâmpagos eram a penas como monstrinhos aterrorizantes
Mas agora, a nuvem do silêncio me toma e só posso perder eles sem nem poder dizer adeus
Que mesmo afastados, aguardem o retorno

sábado, 3 de novembro de 2012

A atenção que quer receber

Diga a verdade
Você daria sua carne aos corvos?
Mesmo em segredo, só um pouco
Só para proteger sua alma
Felicidade você quer
Mas de vez em quando faça rir
Mesmo assim, quer ser o centro das atenções
De um eterno espelho de tinta e óleo
Só um maldito parasita

O que daria por dançar com mortos ?
Caminhar sem rumo ao que se vai
Segredo ou não, isso é idiotice
Garanta a segurança de seu corpo
E corra para salvar a alma
Mesmo sendo o centro das atenções
Já está perdido maldito
Um convite a eterna cicatriz da dor
Para tentar ser querido ou aceito
Do jeito que você é?
Nunca