quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Mitos II

     Meu pesadelo começou assim:
    Me encontro rodando nos corredores escuros do que parecia ser um castelo antigo.Eu corria tentando encontrar a saída.A parede era feita de pedras salpiscadas e mármore.Entre as brechas que  tinha entre cada pedra,se conseguia ver ossos.No lado direito,várias tochas acesas que na verdade não iluminavam muito.No lado esquerdo,armas rusticas como espadas,escudos,lanças,armas da 1ª Guerra Mundial e armaduras de prata,todas em posições ameaçadoras.O chão era composto de paralelepipedos negros com várias marcas de sangue.O teto era tão alto que eu não o enxergava.No lugar de um telhado eu via nuvens que relâmpejavam sem parar.
    Eu não sabia aonde estava e nem para onde iria,eu simplismente corria sem parar.O caminho continha várias curvas,o que me deixou confuso mais de uma vez,entretanto,eu ouvia uma voz na minha cabeça que me indicava para onde eu deveria ir.Nunca tinha escutado ela antes.
    Corria sem rumo,até me deparar com uma cena realmente horrível,corpos de pessoas mortas presas por ganchos nas paredes.O sangue dessas pessoas escorria para o chão e enchia uma vala que com o vermelho do sangue,se conseguia ver a forma de uma criatura com chifres,varios pares de chifres.
     Eu fiquei assustado,e procurei por algum sobrevivente,sem sussesso.
     Sai daquele cômodo com calafrios na espinha,andei mais alguns metros a frente até escutar a voz denovo:__"Só mais um pouco Jason,você ja está chegando!"
     Segui até uma sala que era diferente de todas as outras que eu tinha entrado.Ela era bem arrumada,com uma estante cheia de livros antigos nos cantos.O chão estava bem enceirado,dava para ver meu reflexo.Era o único cômodo que tinha luz elétrica.No centro da sala,tinha um sofá grande virado para uma lareira maior ainda.
     Andei mais um pouco,mais pra dentro da sala,quando me dei conta que tinha alguem sentado no sofá.Ele vestia um sobre-tudo preto que cobria uma camisa branca com uma rosa vermelha no bolso.Cabelos negros bem arrumados e curtos.Ele estava lendo um livro,que de primeira olhada me parecia a Bíblia.
    Não.
    Realmente era a Bíblia.
    A mão direita dele tinha um cruz tatuada.Ao chegar mais perto,ele se virou para mim e finalmente focalisei seu rosto.Não tinha barba nem bigode,a pele era totalmente lisa,sem rugas,espinhas,nada.Sobre o nariz,tinha uma cicatriz,um corte que ia de uma ponta a outra,também seu único defeito.Seus olhos eram vermelhos,inteiramente vermelhos,desde a retina até a pupila.Ele me olhava fixamente,parecia que olhando para ele,apesar de ter boa aparencia,eu via a dor que aquelas pessoas mortas tinham sentido.
      __Finalmente você chegou.__disse ele fechando o livro e levantando devagar__Eu te chamei bastante!__continuou,abrindo os braços,um gesto de como estivesse esperando um abraço.
      __Onde eu estou?__perguntei
      __Como assim?Você está em casa.__respondeu me puxando e forçando-me a abraça-lo.
      __Em casa?
      __Sim!     
      __Espera,como assim?!__perguntei me soltando dos braços dele,e....nossa...parecia que ele iria quebrar minhas costelas.
      __Pobrezinho,já não se lembra mais da própria família.Você era o meu favorito.__disse ele abrindo um sorriso forçado.
      __Qual é o seu nome?
      __Hum.Meu nome,meu caro rapaz,é Lu.....__Antes que ele pudesse completar a frase,uma luz muito forte surgiu de repente,me tirando completamente o foco da conversa....

sábado, 22 de setembro de 2012

Um problema mais que particular


Vida bandida que castiga e intriga
Que condena com atos de perjúria
Calamidade dos homens a que submete minh'alma
Queima pelo fulgor do mais profundo invólucro do inferno

Morra, mate, mas não ouça nunca
Me prenda, me torture, já não faz o que quer?!
A mordaça está forte, e me tira os sentidos
Tente viver feliz, pois eu já morri a tempos

Corpo, espírito, um dia ão de acabar
E o jeito inocente, pouco a pouco se desfaz em carranca
Pedindo perdão até pelo que não faço
Ainda rezo pelas almas que fiz queimar

Sei que não presto, tudo o que crio morre
Inferno já chama a muitos anos
Correr? Acho que não é opção
Então simplesmente morrer torna-se um fato

sábado, 15 de setembro de 2012

Leves mudanças


Vejo as estrelas ao olhar para o céu
Imagino a minha imagem borrada por ventos fortes
O clima já não é mais tão agradável quanto era
Vou ficar em casa só aguardando os dias melhorarem
Simplesmente esperando o sol raiar

É tão bom lembrar do início da vida
Só querendo envelhecer
Mas agora, só resta olhar para o passado
E saber que o único caminho é para frente

Queimo as cicatrizes
Pareço feliz enquanto me destruo por dentro
As vezes sinto que o meu "oi" vira um "adeus"
Inconscientemente quebro querendo concertar

Mudança simples
Dias quem chegam, dias que vão
E as imagens de uma nova vida tombam
Desmoronando velhas risadas

Parado e molhado, gritando para a tempestade
Questionando como nada é perfeito
Até acreditar que tudo deve cair
Para começar de novo

Bem longe da vista humana
Escondido na neblina
Os espíritos do novo horizonte
Cobrem tudo aquilo que um dia já foi.